É este silêncio que me abate
Qual grito em vale de escarpas ingremes
Perpetua-se em infinito retumbar
Ferem-me as palavras
Que meus ouvidos não escutam
Rasgam-me as entranhas
As mãos que não me tocam
Abatem-me
Árvore já sem vida
Sou
Dia após dia este silêncio
BF
2 comentários:
São poderorsos, os silêncios que nos arrastam pelos labirirntos do ser, e nos deixam antever os caminhos que nos conduzem aos mundos encantados em que as brumas da existência se rasgam, mostrando o que a imaginação não alcança.
Nem sempre os silêncios são sossegos. Eles sabem, melhor do que ninguém, a linguagem da solidão que reclama, enchendo de vozes o estar só.
Um beijo
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