segunda-feira, 29 de junho de 2009

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Jogador

Numa cartada jogar a vida
Sem que a sorte se volte para si.
Acaba sempre de bolsos vazios,
Num retorno a casa triste!
Carregando consigo o peso dos sonhos
Que os dados elevaram ao serem lançados ao ar.
De novo... arrasta a esperança perdida!
Roleta que não para de girar!
Um dia... um dia a sorte haveria de mudar.
Por agora,
Enrola a sorte na camurça da mesa francesa
E, carrega consigo a esperança
... nos bolsos vazios!

BF
Imagem google

domingo, 21 de junho de 2009

Muitos homens que são ninguém....




"... Na cidade, um homem a descer a rua é ninguém. Na cidade, há muitos homens a descerem cada uma das ruas. Na cidade, há muitos homens e muitas ruas, como há muitos livros nas livrarias. Muitos livros de capa branca, muitas vidas entre duas capas brancas, com um título e com o nome do autor. Muitos homens, cada um com o seu nome, muitas vidas a descerem ruas. Muitos homens que são ninguém quando, calados, descem uma rua da cidade."


José Luís Peixoto, in Uma Casa na Escuridão

O Escritor fotografado por mim na Rua Augusta em 2014 enquanto posava para outros fotografos

sábado, 20 de junho de 2009

Porta Fechada



Há sempre um despertar.

O sonho é um por do sol escondido por detrás da serra.

Todos os dias se esconde, e por vezes, renasce nas madrugadas.

Nas paragem que a vida nos força a fazer, muitas das vezes, não as sabemos aproveitar para repensar o nosso caminhar.
A vida tem-me dado algumas paragens amargas.

Nem sempre tive a coragem para enveredar por um novo rumo.

Será que existe prazer na rejeição? ! será esse o motivo que nos leva a bater tantas e tantas vezes com a cabeça na mesma porta fechada?

Nem sempre é fácil.

Hoje não está a ser fácil a decisão que tomei de te fechar a porta.

Desculpa mas a porta não mais se irá abrir.


BF

terça-feira, 16 de junho de 2009

O meu regresso à claridade


Há muito que tinha fechado janelas. Rodava pela sala escura ao ritmo compassado dos meus próprios passos que, teimosos, pisavam sempre as mesmas tábuas. Escritas de amarguras. Depois, há segredos que se revelam sozinhos! A realidade é aquela que tem estado sempre ao alcance do meu olhar e que teimava em ver através da neblina da ilusão. Fechei portadas que durante tanto tempo permaneceram abertas, e pelas quais de vez em quando entrava uma réstia de luz. Agora é tempo de sair para a rua, apanhar toda a luz que ainda me pode iluminar.

BF

Foto minha