quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Pelos pinhais da minha aldeia

"Os cheiros. O ar que te enche o peito não só pela urgência de vida, o respirar, mas também de orgulho. Ou o nó que te ata a garganta e só desatas quando disfarçadamente limpas o sal dos olhos. Outras vezes são as cores que a natureza pinta nos desalinhados socalcos, arados ou semeados, no ladear dos caminhos. Os caminhos, esses que chamavam de cabras mas que calcorreias nas memórias. E tantas e tantas vezes só o desalinhar das árvores que presas à terra permanecem com a força das raízes que lhes são vida. Que a vida essa também tu a tens presa nas raízes dessa mesma terra."...
BF

Pelos pinhais da minha aldeia, 2018