domingo, 24 de fevereiro de 2008

Desafio - 12 Palavras

A Amiga Maria do Blog o Cheiro da Ilha, desafiou-me a escolher 12 palavras importantes ou que nos digam algo de especial e escrever um texto. Mesmo não sendo boa nestas coisas de desafios, escolhi 12 palavras que estão presentes no meu dia-a-dia. Que me definem.

Aqui vai:


Porque não sei viver sem Paixão e no constante Inconformismo com o que de menos bom a vida me dá, vou à Luta, encontro o conforto e alento de que tanto preciso na Família e nos Amigos, por quem movo montanhas.
Desde criança que não suporto Injustiças o que me leva a ficar, sempre, do lado do mais fraco. A Solidão mete-me medo ao mesmo tempo que por ela sou atraída. Gosto de momentos intimistas em que o “eu” está muito presente.
Sou muitas vezes acometida por um sentimento muito pouco nobre, a Vingança. As pessoas que na realidade me conhecem sabem que quem me faz alguma, mais cedo ou mais tarde, vai receber o troco. Piegas… aguento muito melhor a dor psicológica do que a dor física. Tenho pavor da dor.
Filha a minha pérola que constantemente quero proteger, manter na concha para que a vida a não faça rebolar por águas revoltas. Sei que não o conseguirei eternamente mas nunca deixarei de o tentar. Com a Música vivo cada segundo transformando-a no meu bálsamo preferido. Pelo que descrevi devem estar a chegar à conclusão que sou uma Antítese constante...
E sou mesmo!

Quanto ao passar o desafio.... vou deixar ao critério de quem o quiser agarrar.

BF

sábado, 23 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Eu


Sou pedra lioz
Entalhada na vida
Sou vento que range
Pelas frestas abertas
Sou árvore que abana
Os seus frágeis ramos
Sou corpo ausente
Fantasma aqui preso
Sou molde de mim
Vendaval constante
Sou escarpa que trepo
Com meus próprios pés
Sou água da chuva
Regando o jardim
Sou volta completa
Metamorfoseando sentires
Neste meu lapidar
Sou pedra lioz
Mulher no Amar

BF


Foto de minha autoria 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Riacho de mim



Neste pulsar de vida
Correndo feita riacho
Ora serena …


Pelos vales da saudade,
Outras vezes cavalgando
Em tormentosas passagens.

Nos sentires desprendidos,
De quem meu leito esculpiu...
Feito escultor de memórias.

No adornar da imagem,
Precisão no martelar...
As marcas do meu caminho,
Profundamente embutidas.

Abandonando na corrente
O desejo partilhado…
Sozinho, escavacando,
Batendo na rocha fria.
Tentando chegar depressa
Aos braços de um outro rio.
Que a acolhe
No leito
Grande… frio… impessoal!

Onde adormece o pulsar,
Onde acalma os sentires,
Onde se esquece de tudo…

Do caminho palmilhado,
Com tuas mãos como guia
Pelo leito do meu corpo...

Esculpiram o prazer
Mestria do teu saber!

BF

Foto da minha autoria