quarta-feira, 4 de julho de 2007

Não falo de amor




Falar de amor…


Não vou falar de amor, esse amor que nos atormenta, consome e enfia em casulos feitos larvas.


Quero falar do amor borboleta, o amor livre feito vento, belo como o sol.


Aquele sol que nos preenche de luz, que reflecte magia e nos queima.


Não o queimar de doer, queimar de querer mais.


Não falo do amor sofrido, vagabundando migalhas.


Quero falar do amor grandioso repleto de risos e música dos sons dos amantes.


Não aquele amor chorado qual Fado por Severa cantado.


Quero antes um amor Tango sensual bailado.


Não quero me embriagar no amor de qualquer copo.


Nem num copo solitário numa taberna qualquer, que entre os pobres de espírito eu me tente esconder.


Quero um brinde com champanhe, aquele bebido em Paris, nome difícil de dizer … nem tento me atrever!


Posso brindar com um Porto cheio da nossa tradição, com o Douro aos meus pés e, na Ribeira um pregão.


Brindo ao amor vadio, com tacinhas de cristal.


Brindo ao amor gentio, que se esconde nas arcadas.


Brindo ao amor inocente de um beijo.


Brindo ao amor, pois então!


Não falo mais de amor porque me sinto cansada… um tema já tão batido! E, eu não sei falar de mais nada?!


Não falo mais de amor….


Estou esgotada!

BF