sábado, 6 de dezembro de 2014
domingo, 9 de novembro de 2014
Amor
Amor
o teu rosto à minha espera, o teu
rosto
a sorrir para os meus olhos,
existe um
trovão de céu sobre a montanha.
as tuas mãos são finas e claras,
vês-me
sorrir, brisas incendeiam o
mundo,
respiro a luz sobre as folhas da
olaia.
entro nos corredores de outubro
para
encontrar um abraço nos teus
olhos,
este dia será sempre hoje na
memória.
hoje compreendo os rios. a idade
das
rochas diz-me palavras profundas,
hoje tenho o teu rosto dentro de
mim.
José Luís Peixoto, in "A Casa,
A Escuridão"
Foto de minha autoria
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
terça-feira, 23 de setembro de 2014
sábado, 20 de setembro de 2014
domingo, 10 de agosto de 2014
sábado, 2 de agosto de 2014
sábado, 12 de julho de 2014
Cabaz da merenda
O cabaz da merenda de outros tempos, de quando a
"jorna" no campo era o ganha pão. Pensámos terem ficada esquecidas
num Portugal rural, mas não.....obrigaram-nos a ressuscitá-lo e passou a ser
adereço pessoal, quase de moda, nos que, nas horas de ponta, se deslocam para a
sua "jorna" citadina. Chamamos-lhe lancheira. Mas como em tempos
idos...trás lá dentro os restos que ficaram da janta.!
BF
Foto de minha autoria
domingo, 6 de julho de 2014
A pasteleira
"Paulo dobrou o casaco, pô-lo no porta-bagagens e pegou na bicicleta. Baixo, desasado, uma repa de cabelos brancos aparecendo sob a boina à espanhola, os óculos de tartaruga descaídos, a queimadura na cara, a mão entrapada, parecia um pobre diabo incapaz de fazer qualquer coisa de sério.
- Tu sabes andar de bicicleta? - perguntou Ramos subitamente na sua voz alegre, divertido com a figura do camarada, mas sentindo-se entretanto sem saber porquê um tanto comovido.
Paulo levou a bicicleta até ao carreiro. Aí pôs um pé no pedal, deu um, dois, três. quatro galões com o outro pé (- Ele sabe! Ele sabe! - gritou Ramos gargalhando) e ei-lo sentado no selim. A bicicleta deslizou carreiro abaixo, encurvou perigosamente à direita, depois à esquerda (- Ele cai! Ele cai! - exclamou Ramos pondo-se de pé) e novamente se endireitou. A bicicleta voltou ao meio do carreiro e, agora serena e silenciosa, levando o vulto de Paulo com a cabeça tão encolhida entre os ombros que apenas se via a boina à espanhola, foi-se afastando até desaparecer com o próprio caminho."
Manuel Tiago / Álvaro Cunhal
Manuel Tiago / Álvaro Cunhal
quinta-feira, 3 de julho de 2014
sexta-feira, 27 de junho de 2014
quarta-feira, 25 de junho de 2014
sábado, 21 de junho de 2014
A bailarina
"...Bailó primero con los ojos y con sus párpados
alados de pestañas.
¡Entre sus dos manos, su cabeza pesaba lo que pesaba el
mundo!
Por último, su rostro se iluminó,
dio tres pasos, arqueó su cuerpo,
y sus manos extendió desesperadamente...
y de pronto se irguió y nos las regaló abiertas
después de aprisionar el perfume ondulado de las
rosas..."
(Final do poema árabe A Bailarina, escritor anónimo, do
Livro Jardim das Carícias, que foi pela primeira vez traduzido e publicado em
Francês por Franz Toussaint.)
Optei pela versão Espanhola pois foi aí que foram
encontrados os manuscritos
Foto de minha autoria
BF
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Mar
Mar
Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.
E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Poesia I
Fotografia de minha autoria
quinta-feira, 12 de junho de 2014
terça-feira, 3 de junho de 2014
domingo, 27 de abril de 2014
segunda-feira, 14 de abril de 2014
terça-feira, 25 de março de 2014
sexta-feira, 21 de março de 2014
sábado, 15 de março de 2014
Passageiros
Desculpa o tempo que perdemos em caminhos desencontrados,
Pois nada vida nada mais somos que simples passageiros.
Partimos com o entusiasmo da desconhecida viagem.
Juntamos bagagem, mudamos rotas, mesmo sabendo que o destino
está lá…
Marcado no tempo que urge.
Pensávamos ser capaz
de o mudar!
Depois... quando retorna-mos ao cais de embarque
Despojamo-nos de tudo…
Só faz falta sentir a mão
Que te ajudará a embarcar!
BF
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
domingo, 19 de janeiro de 2014
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