sábado, 30 de abril de 2011

Como As Espigas


Finalmente (embora
saibas que não há
nem fim nem princípio):
deves dizer ainda
que há uma rosa de espuma
no teu peito e que
o seu perfume
não se esgota. E que lá
também existe
uma fonte onde bebem
as flores silvestres. Mas não
humildes, como ias
chamar-lhes: altas
como as espigas
do vento, que no vento
se esquecem e que no vento
amadurecem.



Albano Martins
in Escrito a Vermelho

(foto minha)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

ABRIL


Porque ainda acredito nos valores de Abril.
(Foto Minha)

domingo, 17 de abril de 2011

Estória Encantada

Castelos erguidos no cimo de escarpas

Penedos íngremes a superar

Rasgando a carne na escalada

Num esforço estremo para alcançar

Árvores frondosas

Troncos desnudos

Na ténue linha do teu olhar

Utópicos vislumbres do meu sentir

Verde ondulante deste mar

Que afoga o sonho e mareja a vida

Fonte que corre

Terra arada

E em teu redor semeias quimeras

Que florescem num tempo por encontrar

Vagueando em recônditas veredas

Que o sonho teima em desbravar

Castelos encantados

Estória a reinventar

BF

(foto minha)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dois poemas


O poema da árvore da vida e o meu mais perfeito poema a crescer feita árvore.

Imagem minha - Castelo de S. Jorge

sábado, 2 de abril de 2011

Velejando em ti


Quando o dia finda e a noite de breu envolve a terra
Elevamos o espírito na magia do murmurar das ondas sobre as rochas.
Nesse barco, outrora vergastado pelo mar que imana os teus sentidos,
Fizeste o leito dos desejos , nos quais, noite após noite, me envolves.
Nos teus cabelos cheiro a maresia e na pele com que me cobres
Saboreio o sal que te temperou…. nesse constante navegar.
O véu do luar que nos revela é também luz que nos incendeia o corpo.
E ficamos noite fora, fogo e mar… velejando o barco ao sabor do amar.
BF

(foto minha - Cabo da Roca)