quinta-feira, 30 de maio de 2013

Doem-me os silêncios


É este silêncio que me abate  
Qual  grito em vale de escarpas ingremes
Perpetua-se em infinito retumbar
Ferem-me as palavras
Que meus ouvidos não escutam
Rasgam-me as entranhas
As mãos que não me tocam
Abatem-me
Árvore já sem vida
Sou
Dia após dia este silêncio


BF

2 comentários:

Bartolomeu disse...

São poderorsos, os silêncios que nos arrastam pelos labirirntos do ser, e nos deixam antever os caminhos que nos conduzem aos mundos encantados em que as brumas da existência se rasgam, mostrando o que a imaginação não alcança.

Lídia Borges disse...


Nem sempre os silêncios são sossegos. Eles sabem, melhor do que ninguém, a linguagem da solidão que reclama, enchendo de vozes o estar só.


Um beijo