terça-feira, 29 de março de 2011

Flores caídas entre as rochas

Apanhei.

As pétalas perdidas pelo caminho

Recolhi.

Guardei-as, nas folhas de um livro,

A reler.

Sempre que a saudade apertar

Reviverei,

A memoria suave da pétala seca,

Com que marquei

Tua pele , no livro do teu corpo

A escrever…

Com as rosas caídas que encontrar,

E apanhar!

Por entre as rochas que,

Enredam

O nosso caminhar.

BF


(foto minha)

7 comentários:

Salvador disse...

Olha, temos poetisa ))

Penélope disse...

Lindíssimo poema.
E umas páginas carregadas de carinho.
Que bom foi vir por aqui,hoje
Abraços

Lídia Borges disse...

Os verbos ao pódio do poema.

Os meus livros também estão cheios de pétalas e folhas secas escritas.
Adorei o poema.

Um beijo

Duarte disse...

Gostei muito... como do termo papoila...

Estando na base da Ota, Base Aérea 2, perto da povoação da Ota, creio que pertence a Alenquer; ao regressar à Base, num dia dos que aperta o calor, escrevi assim, enquanto contemplava um campo de trigo e algumas belas papoilas que espreitavam do verde trigal...

Papoilas vermelhas
Entre verdes trigais
Corados por sol de estio,
Ventos ondulantes
Que atiçam...
Inchando velas
De campos silvestres;
Lenços que cobrem a seara;
Chapéus até às orelhas;
Pinheiros de copa baixa,
Poucas casas,
menos gente;
Fumarada,
Chão ardente.

Abraços

Natural.Origin disse...

Flores caídas...

Uma mão para as levantar...

Sorriso:)

Sofá Amarelo disse...

As papoilas podem nascer de onde as imaginarmos vê-las... as suas pétalas trazem memórias entre as folhas de um livro...

Anónimo disse...

Lindo poema, linda foto.
sou amante da natureza
abraço Fraterno
Maria Alice