terça-feira, 16 de junho de 2009

O meu regresso à claridade


Há muito que tinha fechado janelas. Rodava pela sala escura ao ritmo compassado dos meus próprios passos que, teimosos, pisavam sempre as mesmas tábuas. Escritas de amarguras. Depois, há segredos que se revelam sozinhos! A realidade é aquela que tem estado sempre ao alcance do meu olhar e que teimava em ver através da neblina da ilusão. Fechei portadas que durante tanto tempo permaneceram abertas, e pelas quais de vez em quando entrava uma réstia de luz. Agora é tempo de sair para a rua, apanhar toda a luz que ainda me pode iluminar.

BF

Foto minha

4 comentários:

Maria disse...

É tempo de recomeçar, com essa luz que ainda te vai iluminar muito tempo, tenho a certeza...

Beijo, Papoila

Daniel Costa disse...

Uma belo e como que pequeno conto policial, género que me agrada.
Será o regresso a luz a flor amarela e o verde que a rodeia?
Daniel

Gasolina disse...

Não creio que te tivesses fechado. Muito mais de tanta claridade poder queimar rápido, breve...

Agora um tempo certo, a luz reflectida em palavras prismadas pela emoção de saber sorrir. Sempre o soubeste, sempre.


Um beijo (feliz) Papoila dos Girassóis

poetaeusou . . . disse...

*
Papoila,
que profundo e sensível texto,
grato,
,
os teus segredos
nas tábuas escritas,
são a lavagem
da ilusão
feita razão
da tua coragem
flor que agitas
nos teus enredos,
,
conchinhas luzentes,
envio,
,
*