segunda-feira, 28 de janeiro de 2008


Vou caminhando ao longo da estrada

Sem me desviar da rota traçada.

Nas tentações do desconhecido

Me perco …me encontro

E volto à rota.

Rumo certo, vereda segura.

Por vezes, cansada desta rotina,

Quero fugir… passar os limites,

Extravasar sentimentos...

Renovar sensações...

Tirar a capa.

Que me prende os movimentos

E não me deixa ultrapassar

Esta fronteira traçada

Pela mão do destino.

E vivo assim entre bermas

Que no fundo desejo resvalar

E encontrar a autenticidade

De ser, por uma vez só,

O inverso da regra

O incorrecto desígnio…

Sair da estrada e caminhar à deriva

Refazer o mapa da rota

Em mim traçada.

BF


Imagem de Guilherme Limas retirada de olhares.com

15 comentários:

Maria disse...

Gosto de te ver aqui, Papoila....
Gostava até de te ver mais vezes...

***********

Percebo as tuas palavras :))))))
Ousa!
Refaz o mapa!

Beijinhos

Embryotic SouL disse...

belíssimo como sempre...veredas onde o novelo é incerteza e o sentir é passo rarefeito de um destino...

Beijo sentido

Sei que existes disse...

Segue o caminho que sentes que deves seguir... Parte à aventura e sê feliz!
Beijocas grandes

Bartolomeu disse...

Ou então... senta-te na vereda, ou deita-te sobre a relva e admira as nuvens que vão passando, as formas que constroem e destroem, enche-te dos sons da terra, revê o passado, emociona-te com a vida e quando o corpo te pedir, recomeça a caminhada. Não caminhes por obrigação, mas sim, unicamente pela satisfação do prazer.
Um beijo Poila linda!

poetaeusou . . . disse...

*
recomeça no sopé,
serpenteando pelos vales,
mas,
como a imagem exprime,
sê prudente, como a serpente ...
,
ternura nas vagas, deixo-te,
,
*

Anónimo disse...

Traçamos e rabiscamos tantos caminhos ao longo da nossa vida!

Beijinhosssssssss

adrianeites disse...

boa semana!

Meg disse...

Quantas vezes queremos transgredir, desafiar as as rotas pré-estabelecidas, ultrapassar fronteiras, sair dos limites impostos?
E como é bom fazê-lo, mesmo que nos cause um qualquer dissabor, o conhecimento do imprevisto, de sentimentos desconhecidos.
Está em nós decidir... eu sou contra a rotina.

Um abraço

Amaral disse...

Caminhando...
perdes-te e reencontras-te...
Porque o fugir apenas provoca o apego daquilo que se teme...
Mas encontrar a autenticidade de ser será, certamente, o culminar de algo novo, o refazer do que está feito, o recriar a versão mais grandiosa...

Serenidade disse...

As sementes da papoilo têm essa capacidade...por isso há que aproveitar os dons que a natureza te deu e faz o que sentires que deves fazer:)

Muito bonito:)

Serenos sorrisos

Alice Matos disse...

Desejo de refazer o mapa...
Como entendo...

Quando puderes passa pelo Detalhes, colhe um selo de amizade sincera e guarda-o onde preferires...

Beijinho...

Maria disse...

Um beijo, com saudades.....

Anónimo disse...

Bom dia.

Mas que bonito poema! Que sensibilidade e rumo certo, bem melhor que a estrada!

Pessoa amiga recomendou-me o seu blog, agora que me ensinaram os primeiros passos e estou a aprender.
Gostei muito e acho que voltarei.
O meu blog chama-se «Trovas e Cantares». Gostaria de a convidar a passar por lá quando quiser.

Permita-me enviar um abraço.

C Valente disse...

"Vou caminhando ao longo da estrada"
Boa imagem, bom poema
Saudações amigas e o meu obrigado

antónio paiva disse...

Querida amiga,

de passagem para te ler

deixo-te um beijinho.