sábado, 8 de setembro de 2007

Para ti...

Não vislumbro no negrume da estrada aquilo que sou.
Caminhante,
Errante busco quimeras
Esquecendo sempre aquilo que atrás fica.
O canto, aconchego...
Sem olhar em redor
Rodopio,
Na incansável demanda de impossíveis carinhos
Esqueço-te a ti!
E tu estás lá…
Sempre ali.
Continuo errante, vazia,
Na bruma perdida
Sem que outra mão segure a minha.
Mão por ti estendida e que eu não vejo.
Parto sempre
E, tu ficas a aguardar …
Não volto a cabeça,
Não te dou um último olhar.
Quero mais…
Mais longe sempre.
Relego as rectas que me permitem uma ampla visão,
Pelo suplicio dos sinuosos atalhos, obscuros de sentires…
E, nesta permanente caminhada
Esqueço-me sempre de ti.
Que tu ficaste para trás.
E quando a ti volto...
Após ter sido ferida, pelos espinhos silvestres
Que tanto me encantam,
Volto a ti mas não te vejo…
Mas tu, igual a vereda florida me acolhes…
E um dia…
Talvez,
No meu retorno magoado
Já não estejas lá
As flores tenham murchado…

BF

foto retirada de imagens google

21 comentários:

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Que lindo poema.
Penetras-te no fundo do meu coração.
Adorei!!!!!!!!!!!!!!!!!

Beijinhos com sabor a mar.

Fernandinha

Sant'Ana disse...

O caminho da vida faz-se caminhando.
Mas até as flores que murcham darão lugar a novas, viçosas e mais belas.

Um beijo grande, Papoila dos Girassóis.

Bom dim de semana para ti e Papoilinha.

Anónimo disse...

pois é amiga, às vezes procuramos longe o que temos tão perto.
um beijo

C Valente disse...

Na bruma perdida
Gostei
saudações amigas para a poetisa

SONY disse...

Por vezes andamos tanto e temos à nossa volta o que precisamos...mas lembra-te que todos os anos depois de um Outono as folhas caídas e galhos secos...vão dar origem a àrvores em flor!

Torna-se um ciclo...talvez esse em que procuras e está sempre lá!

Que dure sempre que precisares dessa mão estendida papoila!
Um beijo e um bom fim de semana!

lua prateada disse...

Lindo PAPOILA adorei vir até aqui,também vim comunicar-te minha volta deixei-te 1 obrigada no meu blog.Beijinho prateado para ti. da
SOL

Papoila disse...

Olá Papoila:
Cavaleiro andante na busca de quimeras fica certo que o campo sempre se renova em flor!
Belíssimo poema.
Beijos

Serenidade disse...

Quando a ligação entre almas é forte, sejam lá quais forem os caminhos e a sua paisagem ter mudado, no regresso, ele(a) está sempre lá:)

Boa semana.

Serenos sorrisos

£ou¢o Ðe £Î§ßoa disse...

Tão longe e tão perto...

LUIS MILHANO (Lumife) disse...

Voltas sempre e sempre o hás-de encontrar.

Um amor forte e profundo luta sempre e acaba por vencer.

Bjs

Anónimo disse...

sabes onde vi papoilas? no parque da cidade do Porto. Há já muitos anos que não via tantas. aquele recanto é encantador.

astuto disse...

A estrada da vida está cheia de cruzamentos, mais importante do que escolher a saída certa, é não ficar parado, decidir.

Bonitos versos.

Cumprimentos.

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Voltei para te dezejar um bom começo de semana,
Beijinhos com sabor a mar.

Fernandinha

Alexandre disse...

Estendo a minha mão para que te possas agarrar a ela - e acredito que as flores afinal não tenham murchado, há sempre uma gota de orvalho que as fará florir de novo, vais ver...

Muitos beijinhos!!!

Maria disse...

"Volto a ti mas não te vejo…"

Ficou cá dentro, este poema.

Um beijo, papoila

Dhyana disse...

Oh Caminhante.
Caminhai porque vós sois o caminho.
Adorei o poema.
Beijos...

Embryotic SouL disse...

Olá Amiga Papoila!

Lindo. Sentido poema. Caminhantes somos todos nestes atalhos da vida, repletos de flores ou afiados penedos, sorrisos apaixonados ou dormentes tristezas, a vida é assim mesmo, um infinito estado de alma. Li as tuas palavras no meu outro canto, agradeço-te pela ternura das mesmas...

Beijo Sentido

Goticula disse...

Bonito poema, amiga popoila!
Passarei com mais tempo e vou linkar-te.

bjs

Jorge P. Guedes disse...

"Caminante, no hay camino,
Se hace camino al andar..."

Mais um poema elaborado na construção lógica dos sentires.
Poema-catarse e poema-mensagem, com algumas imagens revelando a procura da originalidade ao nível do discurso, recorrendo a verbos e adjectivos que conferem movimento ao poema.

Um abraço.

Bartolomeu disse...

Errante, como aquele vento que te rouba os sentidos e te promete aventuras loucas, sedutoras, mas efémeras.
Volátil/consistente, como as pétalas dessa flor que te empresta o nome rubro de desejos aventurosos, livres soltos, agarrados somente ao sonho.
Bonito poema Papoilinha.

Anónimo disse...

ADOREI...

Beijos.