sexta-feira, 8 de junho de 2007

Erro meu, 2ª parte


"... Quero que saibas que para mim representou muito, e com certeza que para ti também. Poderás agora perguntar o porquê de eu iniciar a carta com a tradução. Porque nesta letra está um pouco do que realmente se passou, o qual eu passo a explicar:

Todos nós temos um papel a representar, a nossa vida. Podemos representá-lo bem ou mal, tudo depende da maneira como nos entregamos ao papel, como representamos cada MOMENTO. Para ser uma boa representação os momentos terão que ser vividos intensamente, esquecendo as más representações do passado, e esquecendo o que no futuro as pessoas possam dizer dessa representação.
A peça principal da nossa interpretação é o amor, o convívio com o outro.
Neste ponto, qualquer coisa de bom se passou.
O carinho foi aumentando, a amizade reforçada, até algo mais se construir ao longo do tempo, desde o dia 10 de Junho, até hoje.
Soubeste mostrar o quanto me querias, soubeste mostrar o que sentias, e, fundamentalmente soubeste explicar aquilo que eu não percebi.
Felizmente foi a tempo de reparar o mal causado.
Soubeste ler as frases sem esquecer nenhuma deixa.
Não chegaste a falar de amor. Falaste naquilo que querias.
Quanto a isso não mentiste, e disso não tenho duvidas.
Apesar de estarmos longe, quero que saibas que só pelo facto de me sentir desejado por alguém, faz com que haja força para continuar a viver.
Agora o cenário é diferente. Ambos sozinhos, com o vazio à nossa volta.
Se não nos voltarmos a ver então a peça que acabe, que o papel representado seja guardado para depois ser recordado…

Há certas coisas que não se podem transmitir para o papel. Daí não conseguir escrever mais nada ...."
(2ª parte da carta)
Está a fazer 14 anos o facto que levou ao fim da relação e a esta carta.
Na altura não soube ler as entrelinhas....
Terminavas a carta pedindo que te não esquecesse... Não o fiz. Voltamos a encontrar-nos passados 12 anos, explicamos um ao outro, aquilo que não soubemos ler nas entrelinhas. Penso que dissemos tudo o que havia para dizer. Cada um com o seu percurso de vida, sonhos e desilusões...vamos levando. Nesse encontro acho que provamos que não passa a mesma água por debaixo da ponte 2 vezes. Importa o carinho que ficou e o saber que não voltará a haver distâncias entre nós. Sabemos que podemos contar um com o outro mesmo que estejamos dias sem nos falar. Estamos à distância de um telefone, de um clic no teclado e de uma viagem de 2 horas de comboio.
Já pedi desculpa pelo passado. Sabes que estarei sempre aqui....... Continuará a haver um carinho especial para ti se precisares.

3 comentários:

poetaeusou . . . disse...

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Falaste naquilo que querias.
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não estou sózinho
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j
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Anónimo disse...

Tudo o que escrevi, continua a ser verdadeiro e se fosse hoje, as palavras e a intenção com que foi escrito seriam as mesmas. A amizade, a boa disposição, o saber que do outro lado, há uma voz amiga. Uma voz que sabe escutar e que sabe gritar, porque tem a certeza que haverá sempre uma outra, disposta a ouvir.
Por tudo isso, pelo que se passou há 14 anos e que há bem pouco tempo voltou a ser recordado , da mesma forma, ou um pouco menos, eu te digo que nunca te esquecerei, nunca deixarei que o tempo apague o que de belo se passou. E se houver necessidade de o repetir para que a amizade não termine, serei o primeiro a fazê-lo pois se o amor não tem barreiras, a amizade é bem mais forte e capaz de as quebrar, por mais fortes que elas sejam.

BF disse...

Lindo....
Lindo...
Lindo...
Lindo...
Lindo...
se o PUERTO algum dia voltar à Capital da Nação pelos Santos Populares, faz um favor à nina, Não te percas em Alfama..............Please Lindo...
Lindo...
Lindo...
Lindo...
Lindo...
Beijos, beijos, beijos